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Transdução de sinais - uma revisão sobre proteína G

Objetivos: revisar o assunto proteína G e seus mecanismos de transdução celular, de forma abrangente e didática.
Fonte de dados: foram revisados artigos específicos sobre o tema, disponíveis em periódicos eletrônicos e encontrados através das bases de dados LILACS, PubMed e SciELO. Síntese dos dados: a transdução de sinais é uma função fisiológica que intermedeia o estímulo externo e a resposta celular, sendo o passo de conversão intracelular do agonismo de várias substâncias. Os compostos proteicos envolvidos nessa atividade estão presentes em todos os sistemas do organismo; consequentemente, disfunções na sua estrutura culminam em estados patológicos diversos. A descrição da dinâmica da transdução, da estrutura e funções da proteína G e do seu papel em algumas doenças foram abordados nesta revisão. Conclusões: a revisão da literatura mostra que o tema proteína G não tem gerado muitos trabalhos experimentais. Entretanto, o estudo desse composto protéico evidencia sua grande importância na fisiologia, indicando que disfunções na sua estrutura resultam em vários estados patológicos.

 

Scientia Medica (Porto Alegre) 2011; volume 21, número 1, p. 31-36

 

 

Receptores b-adrenérgicos no sistema cardiovascular

Os receptores b-adrenérgicos (b-AR) integram um sistema proteico ternário: b-AR, proteína G de acoplamento e enzimas como a adenilato-ciclase (AC) que produz o 3´-5´monofosfato de adenosina (AMPc). O principal mecanismo de ação do AMPc é a ativação da proteína quinase A (PKA), capaz de fosforilar inúmeros substratos. Em células endoteliais, a ativação dos b-AR promove o aumento dos níveis citoplasmáticos de Ca+2 favorecendo a ligação
do Ca+2 com a calmodulina e deste complexo com a enzima óxido nítrico sintase endotelial (eNOS), resultando na produção de NO. A ativação b-AR no músculo liso vascular e conseqüente ativação da PKA reduz a concentração citoplasmática de Ca+2 e a sua afinidade pela calmodulina, resultando no relaxamento vascular. Os receptores b-AR podem ser agrupados em b-AR clássicos (b1 e b2) e b-AR atípicos (b3 e b4). Os agonistas b-AR são classificados em não seletivos (isoprenalina), seletivos b1 (xamoterol) e seletivos b2 (terbutalina, salbutamol) e podem ser usados
em várias situações clínicas, como broncodilatadores ou como estimulantes cardíacos. O desenvolvimento de agonistas b3-AR como BRL-37344, CGP 12177 e CL 316243, bem como de antagonistas b-AR têm merecido especial atenção devido à sua eficácia no tratamento da hipertens ão arterial, certas arritmias cardíacas e isquemia cardíaca. A busca por antagonistas seletivos resultou na síntese de vários compostos como: atenolol, bisoprolol, betaxolol, practolol e CFP20712A (antagonistas b1-AR seletivos), ICI 118551 (antagonista b2-AR seletivo), SR59230A (antagonista b3-AR seletivo), bupranolol e CGP20712A (antagonistas b4-AR seletivos).

 

Medicina (Ribeirão Preto) 2006; 39 (1): 3-12, jan./mar.

 

 

Fatores e Mecanismos Envolvidos na Hipertrofia Ventricular Esquerda e o Papel Anti-Hipertrófico do Óxido Nítrico

A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) ocorre em reposta à sobrecarga hemodinâmica relatada em várias condições fisiológicas e patológicas. Entretanto, ainda não está completamente elucidado se o estímulo primário para a hipertrofia é o estiramento mecânico do coração, fatores neuro-humorais, ou mesmo a interação de ambos. Esses fatores são traduzidos no interior da célula como alterações bioquímicas que levam à ativação de segundos (citosólicos) e terceiros (nucleares) mensageiros que irão agir no núcleo da célula, regulando a transcrição, e finalmente determinarão a expressão gênica que induza HVE. A HVE é caracterizada por alterações estruturais decorrentes do aumento das dimensões dos cardiomiócitos, da proliferação do tecido conjuntivo intersticial e da rarefação da microcirculação coronariana. Nos últimos anos, o óxido nítrico (•NO) surgiu como um importante regulador do remodelamento cardíaco, especificamente reconhecido como um mediador anti-hipertrófico. Vários estudos têm demonstrado os alvos celulares, as vias de sinalização anti-hipertrófica e o papel funcional do •NO.

 

Arq Bras Cardiol 2008; 90(6): 443-450

 

 

Rogério Grimaldi, PhD

Biologia Molecular e Celular

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